domingo, 8 de agosto de 2010

Ensaio sobre a toxicodependência

Muito embora a toxidependência não seja considerada por muitos como uma doença comum, e eu sou um deles, verifica-se que se trata de um vício adquirido que, se não for tratado, degenera numa doença crónica.
Mas há que ter sempre em consideração que é uma doença que tem como origem um vício.
Há quem fale em doença genética e que, portanto o ser humano já nasce predisposto para esse vício.
Se assim é, porque os primeiros sintomas não são perceptíveis na meninice e só se tornam evidentes anos mais tarde, nas mais diversas faixas etárias?
Há quem suspeite que é uma glândula cerebral deformada a causadora dessa deficiência. Não será precisamente o contrário? Não será o vício que altera as funções dessa glândula.?
Se vivemos todos no mesmo mundo, sujeitos às mesmas pressões e dificuldades, porque será que apenas uma minoria se torna mentalmente perturbada?
A resposta é complexa! Porque nós os ditos equilibrados somos fortes e eles, os desiquillibrados, são fracos?
Temos que admitir que não somos fortalezas inexpugnáveis e estes problemas também nos poderão acontecer a nós, a qualquer momento.
Os toxicodependentes são parcial ou totalmente responsáveis pelo caminho que percorrem entre a vida sem drogas e a vida dependente de drogas.
O que leva a esta escolha? Dirão imediatamente que se deve à sociedade da qual fazemos parte, como a desculpa mais evidente e simples.
E … lavamos as mãos, porque isso não nos diz respeito.
Agora, quando acontece a alguém da nossa família, aí sim, o caso muda de figura.
E arranjamos as mais diversas desculpas, como:
- Foram os amigos, porque eu sempre fui um bom pai, ele sempre teve tudo o que pedia , dei-lhe uma boa educação (aqui confundem educação com instrução, que são coisas completamente diferentes) E terão dado?
Nunca dizem que são pais ausentes, que nunca deram atenção aos filhos e que os deixaram à mercê dos perigos, que nunca discutiram com eles os problemas que os afligiam, que não deram atenção às evidentes mudanças de comportamento.
Têm que se convencer que não se trata de um desafio de futebol, no qual, se o nosso clube perde, a culpa é sempre do árbitro!

Tratamento

Ainda segundo os especialistas, há duas maneiras de tratamento da dependência química: a psicoterapia e a farmacoterapia. O modelo psicoterapeutico mais bem fundamentado prevê abstinência da substância, evitação de situações que induzam ao consumo e treinamento para resistir ao uso em circunstâncias que possam ser evitadas. .
O tratamento tende a ser mais eficaz se acompanhado por atendimento familiar. Tem grande importância também, a procura de grupos de auto-ajuda, como Alcoólatras ou Narcóticos Anônimos. A internação é indicada em casos específicos, como risco de suicídio, agressividade e ao uso descontrolado da substância que esteja impedindo a freqüência às consultas.
Um dos fatores mais importantes para o sucesso do tratamento é a motivação, visto que muitos pacientes não se consideram doentes. Dependentes de drogas que não procuram assistência sofrem mais complicações associadas ao uso, como infecções (inclusive Aids, para os adeptos de drogas injetáveis), desemprego e atividades ilegais. A mortalidade também é maior entre esses indivíduos, causada principalmente por overdose, suicídio e homicídio.


Sintomas

• Tolerância: necessidade de aumento da dose para se obter o mesmo efeito;
• Crises de abstinência: ansiedade, irritabilidade, insônia ou tremor quando a dosagem é reduzida ou o consumo é suspenso;
• Ingestão em maiores quantidades ou por maior período do que o desejado pelo indivíduo;
• Desejo persistente ou tentativas fracassadas de diminuir ou controlar o uso da substância;
• Perda de boa parte do tempo com atividades para obtenção e consumo da substância ou recuperação de seus efeitos;
• Negligência com relação a atividades sociais, ocupacionais e recreativas em benefício da droga;
• Persistência na utilização da substância, apesar de problemas físicos e/ou psíquicos.

Fernando J

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