Tenho verificado que, uma
minoria da comunicação social brasileira escrita, se entretém a inventar
‘estórias’ descabidas em relação aos portugueses, tentando denegrir a
heroicidade de um povo que deu a conhecer mundos ao mundo e, pelos vistos, se
acha inferiorizada, por terem sido os portugueses a fazer tal façanha.
Não sei com que intenções, mas
sei que é grave a deformação da história de um povo.
Agora acabo de ler, num livro
escolar, portanto destinado à educação dos jovens brasileiros, uma infinidade
de fantasias escritas por um jornalista que tem a veleidade de chamar colega a
Pero Vaz de Caminha, que como toda a gente sabe, foi escriba, jornalista,
escritor, ou como lhe queiram chamar, que deu a notícia do descobrimento ou
achamento da Ilha de Vera Cruz.
E a sua sandice vai ao ponto
de o chamar mentiroso, cabra sem vergonha e bajulador , baseado em fatos que
ele próprio inventou.
Ou não leu, ou interpretou mal
a carta que Caminha enviou ao rei, pois ele não fala do Brasil com nenhuma
indignidade, antes pelo contrário, até porque o Brasil só começou a ser chamado
assim, a partir de 1527.
´E de estranhar que os autores
do livro tenham deixado passar tamanha anomalia, chamando-a de ‘Opinião
polémica’.
No entanto, essa opinião
polémica lá está impressa, talvez no sentido de causar dúvidas.
Num outro livro da História do
Brasil, fiquei a saber que foi Cristóvão Colombo que apelidou de índios os povos do Brasil
(?), porque julgou que tinha chegado à India, o que faz pensar que foi ele que
descobriu (achou) o Brasil.
A mim pouco me interessa saber
quem descobriu ou achou o Brasil. Sou português, estou casado com uma
brasileira, o país é maravilhoso, sinto-me bem aqui, mas é sempre bom repor a
verdade.
Fernando J
Fernando J