Hoje em dia toda a gente ouve falar de “redes sociais”. É raro encontrarmos alguém que não as utilize, pois se espalham como ervas daninhas pelas mais diferentes camadas sociais.
As cartas, os tradicionais encontros à mesa dos cafés e na residência dos amigos, os telefonemas dando notícias, foram substituídos pela simples frase “vai ao meu facebook”, que tem lá as fotos da minha ida à praia na semana passada, com quem fui, o que aconteceu, o que foi dito, as fofocas que fizemos, a roupa que vesti, etc.
Até os políticos, sempre oportunistas, já utilizam esse meio de comunicação para contactarem os eleitores e não só, apresentando ideias que sabem de ante-mão não puderem ser cumpridas.
E recebem centenas de comentários, que não lêem, pois o que interessa é a auto-promoção.
O mesmo acontece com os simples cidadãos, que sem pensarem nas consequências, deixam escapar fatos estritamente pessoais, que caiem nas mãos de pessoas menos esclarecidas, e que aproveitam a oportunidade para divulgar, deturpando, levando a situações desastrosas para os incautos.
Enfim, a internet, sendo um poderoso meio de comunicação, absolutamente indispensável nos dias de hoje é, ao mesmo tempo, um propagador de vírus maliciosos que se entranham nas mentes das pessoas que o utilizam.
É preciso saber distinguir “o trigo do joio”.
As redes sociais são muito úteis, se as soubermos utilizar com honestidade e inteligência. Podem captar amigos sinceros a muitos quilômetros de distância, promover encontros que, por vezes, acabam em casamento, mas também podem destruir esses mesmos casamentos.
É preciso ter em atenção, que os nossos amigos, a quem fazemos as nossas confidências, têm também amigos e esses amigos têm outros amigos, o que leva à situação de toda a gente ficar a saber o que julgávamos ser um segredo bem guardado.
Fernando J - 14.07.2012