Dedicado a Mário de Sá-Carneiro
Quando eu morrer,
Soltem gargalhadas
E batam palmas sem parar.
Que se façam os sinos tocar
Mas em desconexas badaladas.
Que se contem anedotas apimentadas
E se faça chacota do meu ar.
Sobre o caixão ponham licor para eu tomar
E algumas mortalhas para serem fumadas.
Quando eu morrer,
Digam nomes ordinários
E façam os outros de otários
Rebolando no chão sempre a rir.
Quando eu morrer,
Rebentem balões,
Dêem pinotes e trambolhões
E fiquem com nódoas negras de tanto cair.
Lígia Laginha
quinta-feira, 30 de abril de 2009
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